… Passado duas semanas o peixe foi-se embora. Quando o rapaz não tinha escola ele ficava fechado no quarto a olhar para o teto. Numa noite o rapaz olhou para o ribeiro e com a sua visão viu o peixe. Ele calçou as botas rapidamente e foi à borda do rio, abraçar o corpo húmido e cheio de escamas. - O que estás aqui a fazer? O meu pai vai-te pescar.
-Não vai não, porque eu tenho aqui comida. – E como conseguiste? – Eu vou te contar, passaram doze dias e doze noites, primeiro tentei sozinho mas logo vi que não era capaz, depois pedi aos peixes mas eles eram muito pequenos e eles não faziam nada. Por último, vi duas raposas e contei-lhes que quando as pessoas ajudam os animais nós temos de retribuir essa amizade. Então as raposas traziam com os dentes na terra e eu dentro de água, nós demoramos onze dias e onze noites. Quando a maré descia nós trabalhávamos sem descanso e quando a maré subia nós parávamos para descansar.
O rapaz no dia seguinte foi dizer aos pais. Ele disse-lhes que o peixe era muito inteligente e que os salvou. No dia seguinte, o pai pôs uma tabuleta à beira do rio, que dizia “Proibido pescar neste local” e o rapaz com a letra desenhada pôs “Este rio tem um segredo e esse segredo é só meu”.
Vítor 3.ºano
Ilustração de Bárbara 3.ºano
Nós adoramos esta história!